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Espaço da Emater auxilia produtores a mostrarem os aspectos da vida no campo aos turistas

A Emater apresenta, durante a 17 Expodireto Cotrijal, o Espaço do Turismo Rural, onde os produtores recebem orientações sobre como atrair visitantes para suas propriedades e, a partir disto, obter uma nova fonte de receita. Dentro da área destinada à Emater no parque, o visitante encontrará espaços distintos, que mostram algumas curiosidades sobre a vida no campo. "O turismo rural oferece muitas possibilidades, principalmente em produtos da agricultura familiar, agrega valor àquilo que já existe na propriedade", explica Ana Maria Knoff, extensionista de bem-estar social da Emater de Victor Graeff e coordenadora do Espaço do Turismo Rural. No local há uma pequena amostra de objetos e utensílios que eram largamente difundidos no passado e bastante importantes no trabalho diário das famílias. O Espaço Sabores apresenta gastronomia típica de dezesseis municípios da região. "A colonização da região é bem variada, bem como a culinária. Há pratos típicos das etnias italiana, polonesa, alemã, campeira, dentre outras. Além da comida, os visitantes também aprendem sobre a história destes municípios", disse. Outro espaço demonstra uma série de objetos que retratam a rotina dos agricultores no Século XX, desde facas e utensílios domésticos até um projetor de cinema fabricado na Alemanha em 1920, pertencente a um casal da localidade de São João do Umbú, interior de Victor Graeff. "Este é o tipo de história que o turista gosta de conhecer. Muitas vezes ele próprio já foi do meio rural e tem aquela lembrança da infância. É uma forma de relembrar. Muita coisa vai se perdendo com o tempo e esta atividade ajuda a fazer com que isto não se perca", afirmou Ana Maria. Em meio aos artefatos expostos está um "racolon", também conhecido como matraca, típico dos imigrantes italianos, utilizado para chamar os fiéis à missa na Sexta-Feira Santa, uma vez que o badalar do sino da igreja era considerado um som festivo, o que contrariava os preceitos católicos seguidos rigidamente pelas famílias da época. O objeto emite um som muito característico através do contato da madeira com placas de metal. De fato, os objetos despertam certa nostalgia em alguns dos visitantes, mesmo que eles não tenham realmente feito uso dos utensílios expostos. No Espaço Vivências foi criado um ambiente que recria a atmosfera dos porões das residências antigas, parte importante das construções do início do século passado, onde, em geral, as famílias costumavam guardar os alimentos frescos, como queijos, salames e vinho, em função da falta de claridade e umidade natural que auxiliava na conservação destes alimentos. Para a produtora rural Eliane Argenta, de 34 anos, moradora do interior de Marau, a mostra é bastante interessante. Eu lembro do caixote de madeira para guardar os mantimentos e também que a minha mãe deixava o queijo sobre essas tábuas, exatamente como está aqui", contou. Além da mostra dos objetos, a Emater também oferece oficinas sobre o turismo rural e artesanato. Fonte: Assessoria de Imprensa Expodireto Cotrijal