Fórum da Soja analisa produção, mercado e impactos da política econômica no agro
Sistemas de produção, tendências do mercado e impactos da política econômica no agronegócio foram temas de debate, na manhã desta terça-feira (7), no 33º Fórum Nacional da Soja, na 23ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. O evento recebeu grande público, no auditório central do parque.
O primeiro painelista foi o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno, que tratou do tema “Soja Baixo Carbono e Sustentabilidade de Sistemas Produtivos”, no qual destacou que o Brasil é uma solução e não um problema para as mudanças climáticas.
“As emissões da agricultura brasileira correspondem a 1% do total das emissões do planeta. As grandes emissões são feitas pelos países desenvolvidos na produção de energia a base de queima de carvão e de petróleo. Em torno de 75% das emissões do planeta vêm desses países, que precisam compensar essas emissões. E aí começam a surgir oportunidades como crédito de carbono e mercados específicos”, afirmou Nepomuceno.
A Embrapa desenvolve o Programa Soja de Baixo Carbono, que mostra em números a sustentabilidade da agricultura brasileira. A iniciativa está em fase de parametrização, para que sejam criados protocolos viáveis de serem mensurados por certificadoras.
Atenção ao segundo semestre
O sócio-diretor e consultor em agronegócio na Agrinvest Commodities, Marcos Araujo, tratou do tema “Panorama Commodities e Tendências do Agronegócio”, que chamou atenção dos produtores para a formação de preço da soja.
“Nós tivemos um ano desafiador, infelizmente houve uma quebra da safra gaúcha de sete a oito milhões de toneladas. Na produção argentina, uma quebra superior a 20 milhões em relação às estimativas iniciais. E essa quebra da safra argentina tem dado sustentação, principalmente, ao farelo de soja, que é um ponto de atenção porque a partir de maio a Argentina deve retomar o seu processamento industrial e fornecer para o mercado farelo e óleo de soja - o que poderia comprimir os preços da soja em grão ao longo do segundo semestre de 2023”, projeta Araujo.
Mercado reativo
O fórum foi concluído com a palestra do economista do BTG Pactual Álvaro Frasson, que tratou do tema “Análise Macroeconômica e Política e Impactos do Agronegócio”. Ele explicou que o mercado está mais reativo e avesso a riscos, com juros subindo devido a incertezas da política econômica do governo federal.
“Esse novo ano trouxe algumas incertezas. Qual vai ser o novo arcabouço fiscal" A gente não sabe. E a reforma tributária, ela vai ou não vai andar" O governo está pressionando o Banco Central de uma forma, talvez, não muito institucional para reduzir juros. Vai forçar isso através de mudanças de inflação" Será que isso de fato é positivo"”, questionou o economista.
Frasson explicou que o governo precisa entregar credibilidade para a sociedade, a partir de um arcabouço fiscal crível e uma reforma tributária positiva para que a produtividade aumente com expectativas de inflação baixa, o que abre espaço para reduzir juros. Contudo, ressaltou que as decisões do Banco Central precisam ser técnicas e não políticas.
Força da cooperativa
O produtor rural de Tapera, Gilberto Antonio Maldaner, acompanhou com atenção as três palestras desta manhã. Ele disse esperar por ações do governo federal para auxiliar os agricultores gaúchos.
“Este fórum é sempre muito importante. Participo todos os anos, pois sempre tem novidades e informações a respeito da economia, clima e perspectiva de mercado. Este ano as notícias não são muito boas para nós, agricultores aqui no Rio Grande do Sul, que estamos mais uma vez sofrendo com a estiagem. E a gente não vê perspectiva do governo federal em ajudar”, avaliou Gilberto.
Em meio às adversidades, o agricultor ressalta contar com o apoio da Cotrijal para seguir firme na atividade. “A cooperativa sempre é um ponto de apoio, uma referência para para aquisição de insumos, fazer a safra, sementes, toda linha de químicos. Eu tenho um relacionamento de quase 40 anos com a cooperativa, que também conta com seguro agrícola muito forte”, relatou Gilberto, que trouxe para o evento sua esposa, Agueda Maria Kunz Maldaner, e o filho Guinter Kunz Maldaner.

Guinter, Agueda e Gilberto Maldaner, associados
da Cotrijal, acompanharam as palestras do Fórum da Soja
Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal
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