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Assuntos como o cooperativismo e a permanência do jovem no agronegócio familiar foram assuntos do Summit do Jovem Cooperativista, realizado na tarde desta quinta-feira, 13, no Auditório Central da Expodireto Cotrijal.

Na abertura do evento, o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, destacou a importância da iniciativa para o futuro da cooperativa e da sociedade. “Mostrar caminhos do bem, do conhecimento e do desenvolvimento contribuirá para a caminhada desses jovens. Nos dias de hoje, há muitas oportunidades criadas pela evolução do mundo e das tecnologias. Essas oportunidades precisam ser aproveitadas da melhor forma, pois, no futuro, os jovens de hoje ocuparão grandes cargos de liderança na sociedade”, disse.

Para o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, “os jovens têm uma grande importância nas organizações, sejam elas familiares, sociais ou cooperativas. Atualmente, muitos jovens estão se interessando pela propriedade e têm à disposição a tecnologia e o fácil acesso às informações, cabendo a eles aplicá-las nas propriedades.”

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, destacou que os eventos da feira são fundamentais para dialogar com os jovens sobre o agronegócio. O Gerente de Marketing da Cotrijal, Benisio Rodrigues, relatou a experiência da cooperativa com o “Supernova”, projeto criado em 2021 com o objetivo de capacitar jovens que estão vivem o processo de sucessão rural. Aproximadamente 400 jovens são capacitados por ano no programa.

Ano Internacional das Cooperativas

Com o objetivo de reconhecer a importância das cooperativas para a construção de um mundo mais sustentável e inclusivo, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas. A temática foi abordada por lideranças em um painel que contou com a participação da gerente de Comunicação e Marketing do Sistema Ocergs, Simone Zanatta, a orientadora de Comunicação e Marketing da Coprel, Raquel Lazzarotto, e a gestora de desenvolvimento cooperativista do Sicredi Cooperação, Annie Muller, além do moderador, Benisio Rodrigues. As instituições apresentaram os projetos realizados com os jovens nas cooperativas.

O superintendente de Produção Vegetal da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, também participou do painel contando a experiência vivenciada como representante da Cotrijal na Índia durante a reunião das cooperativas organizada pela ONU.

A nova geração do campo

No momento mais aguardado do Summit do Jovem Cooperativista, o produtor rural e influenciador do agronegócio Murilo Groth, junto com o pai, Marcos Groth, compartilhou suas vivências. O momento foi uma oportunidade para fortalecer a sucessão responsável, incentivando a continuidade dos empreendimentos rurais. O influenciador ressaltou a importância da conexão, intercooperação e aprendizado para os jovens.

Natural de Curitiba/PR, Murilo, também conhecido como Tata, possui mais de 1,8 milhão de seguidores no Instagram. Recentemente, ele se mudou para o Mato Grosso, onde arrendou terras e assumiu o papel de produtor. Nas redes sociais, Tata compartilha seu dia a dia no cuidado com o gado leiteiro.

Marcos Groth refletiu sobre o trabalho e a atuação online: "o digital não pode tornar a vida mais fácil, ele precisa mostrar o valor do esforço e do trabalho árduo”. Murilo completou dizendo que é "necessário enfrentar o desafio que for", criando uma mentalidade de resiliência e perseverança. Para ele, o agro é um ambiente de superação. "A realidade no campo tende a criar pessoas mais batalhadoras. A gente ganha pelo que entrega”, disse.

Sobre o cooperativismo, Murilo destacou a importância da colaboração na própria família: "sozinhos vamos longe, mas com cooperação vamos mais longe." Ele explicou que, enquanto as gerações mais velhas estão acostumadas com um modelo de produção mais tradicional, "cabe aos jovens tomar a decisão e inserir as novidades".

Para ele, o sistema agropecuário é meritocrático, o que significa que o sucesso depende do que se entrega. "O jovem tem um papel importante dentro da sociedade, mas esse espaço não é de nascença, ele tem que ser conquistado”, afirmou.

Murilo também falou sobre a transformação do campo nos últimos anos: "antigamente, as pessoas saíam do campo em busca da cidade, mas hoje o campo é visto como um sistema de oportunidades”. Ele destacou que, embora o agronegócio exija mais trabalho e resiliência, as recompensas podem ser grandes.

Murilo também abordou o momento de sucessão nas propriedades rurais e a importância de aprender com as gerações anteriores. "É necessário aprender o que os antecessores nos ensinaram, mas também aplicar novas práticas para potencializar os resultados.

Crystian Carniel | Assessoria de Imprensa Expodireto Cotrijal