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Ao longo da semana, a 25ª Expodireto Cotrijal mobilizou representantes e delegações de mais de 80 países, número recorde no histórico da feira, realizada desde o ano 2000, em Não-Me-Toque/RS. O Pavilhão Internacional concentrou as negociações, painéis e expositores de países de todo o mundo. A visibilidade da feira para o mercado brasileiro é estratégica para os visitantes internacionais, que seguem agora as negociações para consolidar as conversas realizadas durante a Expodireto.

“A área internacional atua em duas linhas, com nossos expositores brasileiros que buscam exportar seus produtos e também com os estrangeiros que querem inserir seus produtos no mercado brasileiro”, explica Matheus Prato da Silva, coordenador da área internacional.

Entre os visitantes internacionais, destaque para dois objetivos principais: “buscar tecnologia agrícola para seus países, como maquinário e a questão do plantio direto, e também a pauta de investimentos. Inclusive, tivemos uma programação com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) com municípios que estão buscando atração de investimento estrangeiro”, aponta Silva.

Maior delegação

A grande novidade deste ano foi a participação inédita da delegação indiana, com mais de vinte representantes, se estabelecendo como a maior comitiva desta edição da feira. O país também contou com um estande na área internacional da Câmara de Comércio e Indústria Indo-Brasileira (CCIIB).

Entre os expositores do Pavilhão Internacional estavam representantes de uma empresa indiana de soluções hidráulicas, que começou a investir recentemente na América Latina. Para expor suas soluções e ganhar visibilidade no Brasil, eles elencaram a participação na Expodireto Cotrijal como uma prioridade. “Estamos aqui para ver qual é o potencial e entender o que o mercado precisa para que possamos estabelecer nossa marca no Brasil e vender nossos produtos, especialmente neste estado”, explicou o vice-presidente de vendas e marketing da Dantal, Kamal Sharma.

A partir dos contatos gerados durante a feira, as empresas estrangeiras agora visam estreitar os laços com o Brasil e evoluir com as negociações. “A nossa expectativa é bastante grande. Nós vamos fazer um trabalho de visitas e reuniões para tentar transformar os contatos gerados em negócios. A nossa expectativa é de que até a Expodireto do ano que vem, já tenhamos pelo menos de quatro a cinco clientes já estabelecidos e com fornecimento contínuo”, ressaltou o representante de vendas na América Latina da empresa indiana, Sulivan Geyer.

Além dos resultados positivos de prospecção de clientes, os visitantes se encantam também com a dimensão e organização da feira. “É bom estar aqui porque é muito bem organizado e administrado profissionalmente. Além de ser uma feira tão grande e com a participação de muitosfabricantes de equipamentos, ela é muito vasta, o que torna este show realmente ótimo”, destacou Sharma.

Grupo de poloneses

A segunda maior delegação internacional na 25ª Expodireto Cotrijal veio da Polônia. Ao todo, doze poloneses participaram da feira representando quase 30 empresas e instituições. “O propósito desta missão comercial é conhecer a segunda maior exposição agrícola do Brasil e descobrir o que está acontecendo neste mercado, quais são as tendências, ouvir as palestras e colocar à disposição soluções inovadoras que ajudem o Brasil a acelerar a atividade agrícola e, em seguida, atrair brasileiros para fazer negócios com a Polônia”, explicou Marcin Obalek, COO da Capital Primus Holding e da Câmara de Comércio e Indústria Polonesa-Africana, organizadora da missão do país europeu na Expodireto.

O grupo está se adiantando ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, que deve facilitar a cooperação entre países do bloco. “Este lugar é enorme, tem muitos expositores, muitos políticos e pessoas da indústria agrícola com quem podemos conversar e aprender o que é necessário. Esse é o propósito da nossa missão, descobrir o que está acontecendo nesta área, nesta parte do mundo e ver como podemos nos encaixar com nossos produtos, nossos serviços e nosso conhecimento para ajudar o Brasil, especialmente a indústria agrícola. Dessa forma, podemos nos preparar para as mudanças que virão, com a demanda maior por trocas comerciais entre o Brasil e a Europa. Queremos estar um passo à frente em vez de esperar que os acordos sejam fechados”, enfatiza Michał Jarosiński, consultor de Clientes Internacionais da Usarya.

Para Pawel Pietrzak, proprietário da NoTiller Company, a Expodireto permitiu conhecer soluções de fabricantes brasileiros que podem ser importadas para seus equipamentos na Europa, assim como questões que ainda podem ser melhoradas nas máquinas brasileiras, o que sinaliza um “benefício mútuo da troca de tecnologia entre o fabricante polonês e a fabricação brasileira”, disse. Já Andrzej Mirowski, COO da DW Agro Machinery, está pela segunda vez na Expodireto Cotrijal. No último ano, ele esteve na feira para iniciar as conversas com parceiros brasileiros e agora veio para fechar negócios.

Essas discussões e negociações realizadas no Pavilhão Internacional demonstram a importância do espaço para a consolidação da Expodireto Cotrjal como uma das principais feiras do agronegócio da América Latina. O retorno de diversos países, assim como ingresso de novas delegações, é esperado para a Expodireto Cotrijal de 2026, que será realizada de 9 a 13 de março, em Não-Me-Toque/RS.

Por Bruna Scheifler | Assessoria de Imprensa Expodireto Cotrijal