Audiência discute as fragilidades da logística agrícola

08/03/2013
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Com o objetivo de avaliar e debater o papel da logística no crescimento da produção agrícola brasileira foi realizada na tarde de hoje (8), no auditório central, da Expodireto Cotrijal, audiência pública da Comissão de Agricultura
A coordenação esteve a cargo da senadora gaúcha Ana Amélia Lemos. De acordo com o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o tema proposto é o de maior relevância já debatido nessas 14 edições da Expodireto. "A logística é uma questão preocupante, porque o Brasil vem crescendo em produtividade e produção, vai crescer muito em termos de tecnologia e a nossa logística, sem sofrer grandes melhorias, não tem condições de atender a essa demanda", afirma Nei César Mânica. A audiência teve a participação do chefe do serviço de infraestrutura logística e aviação agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ricardo Pires Tomé, do coordenador da área de Planejamento da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Kleber Duarte Macambira Filho, do dirigente da Associação Brasileira de Logística (ABRALOG), Rodrigo Otaviano Vilaça, da assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisangela Pereira Lopes, e do presidente da Associação Brasileira de Transportadoras Internacionais (ABTI), José Carlos Becker. As discussões tiveram como foco os sérios e graves dilemas enfrentados pelos produtores brasileiros no que diz respeito à armazenagem, escoamento da produção e um sistema portuário caro e deficiente, demandas que exigem atenção e ações efetivas, como afirma a senadora Ana Amélia Lemos: "Enquanto não houver uma mobilização dos produtores rurais, nós não tiramos do papel projetos que soam ser muito bons, mas que, enquanto ficarem no papel, não resolvem nada em relação a esses dilemas todos". A logística tem-se revelado um setor que influencia negativamente o agronegócio brasileiro, diminuindo a renda do produtor e fazendo com que seus produtos percam em termos de competitividade em relação a outros países. "Enquanto o Brasil investe 0,42% de seu PIB em infraestrutura, países como a China investem 7%, uma diferença muito grande", analisa a assessora técnica da CNA, Elisangela Pereira Lopes. De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial, entre 142 países pesquisados, o Brasil ocupa a 130 posição em qualidade de serviço dos portos, o que, de acordo com Elisangela, mostra o quanto o país está aquém quando comparado com o resto do mundo. "Um fato que exemplifica isso é que o operacional dos portos brasileiros funciona 24 horas por dia, mas o setor das entidades aduaneiras, setor público, funciona de 6 a 9 horas por dia, então não há uma compatibilidade dos horários de operação e horários de despache aduaneiro, algo que prejudica o setor", complementa a assessora. Em relação à investimentos, o presidente da ABTI, José Carlos Becker, revelou os seguintes dados: a Região Sul do Brasil é responsável hoje por 38% da produção agrícola nacional, a Região Centro-Oeste, por 39%, a Região Sudeste, por 10%, a Região Nordeste, por 9%, e a Região Norte, por 2%. Em 2012, a Região Norte teve 30% dos investimentos em pavimentação, a Região Sul, 9%. "Na nossa concepção, dos transportadores, falta muito investimento. Há o planejamento, hoje existem mais de 40 projetos, mas 32 deles estão no papel", destaca Becker, que ainda acrescenta: "Em um primeiro momento, o agricultor sofre, o transportador sofre, num terceiro momento, o consumidor vai pagar mais caro o produto". O representante da ABRALOG, Rodrigo Otaviano Vilaça, destacou a importância da parceria público-privada, afirmando que sozinhos, os governos não têm capacidade de resolver esses problemas de logística. "Os governos federal, estadual e municipal não conseguem resolver esse processo de melhorias em infraestrutura, é impossível, não tem capacidade de gestão, não são modernos, não são eficientes, ao contrário, são burocráticos", afirma.
A coordenação esteve a cargo da senadora gaúcha Ana Amélia Lemos. De acordo com o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o tema proposto é o de maior relevância já debatido nessas 14 edições da Expodireto. "A logística é uma questão preocupante, porque o Brasil vem crescendo em produtividade e produção, vai crescer muito em termos de tecnologia e a nossa logística, sem sofrer grandes melhorias, não tem condições de atender a essa demanda", afirma Nei César Mânica. A audiência teve a participação do chefe do serviço de infraestrutura logística e aviação agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ricardo Pires Tomé, do coordenador da área de Planejamento da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Kleber Duarte Macambira Filho, do dirigente da Associação Brasileira de Logística (ABRALOG), Rodrigo Otaviano Vilaça, da assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisangela Pereira Lopes, e do presidente da Associação Brasileira de Transportadoras Internacionais (ABTI), José Carlos Becker. As discussões tiveram como foco os sérios e graves dilemas enfrentados pelos produtores brasileiros no que diz respeito à armazenagem, escoamento da produção e um sistema portuário caro e deficiente, demandas que exigem atenção e ações efetivas, como afirma a senadora Ana Amélia Lemos: "Enquanto não houver uma mobilização dos produtores rurais, nós não tiramos do papel projetos que soam ser muito bons, mas que, enquanto ficarem no papel, não resolvem nada em relação a esses dilemas todos". A logística tem-se revelado um setor que influencia negativamente o agronegócio brasileiro, diminuindo a renda do produtor e fazendo com que seus produtos percam em termos de competitividade em relação a outros países. "Enquanto o Brasil investe 0,42% de seu PIB em infraestrutura, países como a China investem 7%, uma diferença muito grande", analisa a assessora técnica da CNA, Elisangela Pereira Lopes. De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial, entre 142 países pesquisados, o Brasil ocupa a 130 posição em qualidade de serviço dos portos, o que, de acordo com Elisangela, mostra o quanto o país está aquém quando comparado com o resto do mundo. "Um fato que exemplifica isso é que o operacional dos portos brasileiros funciona 24 horas por dia, mas o setor das entidades aduaneiras, setor público, funciona de 6 a 9 horas por dia, então não há uma compatibilidade dos horários de operação e horários de despache aduaneiro, algo que prejudica o setor", complementa a assessora. Em relação à investimentos, o presidente da ABTI, José Carlos Becker, revelou os seguintes dados: a Região Sul do Brasil é responsável hoje por 38% da produção agrícola nacional, a Região Centro-Oeste, por 39%, a Região Sudeste, por 10%, a Região Nordeste, por 9%, e a Região Norte, por 2%. Em 2012, a Região Norte teve 30% dos investimentos em pavimentação, a Região Sul, 9%. "Na nossa concepção, dos transportadores, falta muito investimento. Há o planejamento, hoje existem mais de 40 projetos, mas 32 deles estão no papel", destaca Becker, que ainda acrescenta: "Em um primeiro momento, o agricultor sofre, o transportador sofre, num terceiro momento, o consumidor vai pagar mais caro o produto". O representante da ABRALOG, Rodrigo Otaviano Vilaça, destacou a importância da parceria público-privada, afirmando que sozinhos, os governos não têm capacidade de resolver esses problemas de logística. "Os governos federal, estadual e municipal não conseguem resolver esse processo de melhorias em infraestrutura, é impossível, não tem capacidade de gestão, não são modernos, não são eficientes, ao contrário, são burocráticos", afirma.
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