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O Pavilhão da Agricultura Familiar sempre é sucesso entre os visitantes e expositores, tanto para os que pela primeira vez estão no parque, quanto para os que retornam anualmente.

Entre os expositores de primeira viagem, os produtores do Rancho das Cabras, Cláudia e Eduardo Almeida, de Taquara, estão mostrando na feira queijos e iogurte feitos com leite de cabras. ?Viemos mostrar um produto novo. Somos a primeira indústria familiar de produtos derivados de leite de cabra no Estado e queremos mostrar que no sul também tem gente criando cabra. É um produto que não tem problema com lactose, tem mais cálcio, menos colesterol, é anti-inflamatório, dentre várias outras qualidades, além de ser gostoso. O produto está com boa aceitação do público em função de ser diferente, e justamente por não ter lactose?, comenta Cláudia.

O artesão de facas Jair Pimentel, de Soledade, veio à Expodireto para vender peças únicas. ?Nossas facas são fabricadas de modo artesanal, na marreta e carvão, com desbaste, feitas de mola de trem ou com disco de arado e são usadas mais para churrasco e para carnear. Ideais para quem trabalha no campo?, esclarece Pimentel.

O produtor Anderson Luis de Ávila, de Paverama, da Agroindústria Horning, atribui o sucesso do estande à novidade de seu produto. ?Trouxemos à feira cuca para aquecer no micro-ondas, com embalagem especial e sabores diferentes. Nossa escolha foi de fazer um produto prático, pois as pessoas estão com a vida cada vez mais agitada, assim podem comer uma cuca quentinha sem perder a qualidade. Temos 30 sabores de cuca, seis tipos de biscoitos e estamos há 3 anos no mercado?, descreve Ávila.

Para quem busca produtos sem glúten, sem lactose e diet, a Produtos Lilien, de Picada Café, oferece produtos variados, conforme explicam os proprietários, Roberto e Clarice Rohr. ?Temos oito tipos de chás orgânicos e uma linha de produtos diet, sem glúten e sem lactose, como barrinha de cereais e biscoitos?, aponta Clarice.

Presenças tradicionais

Já entre os produtores que fazem questão de participar ano após ano, as Rosas do Deserto, de Moisés Borba Ribeiro, produtor de flores de Mato Leitão, estão há 8 anos entre os estandes da Expodireto. ?É uma flor que vem da África e se adaptou bem ao Rio Grande do Sul e todo Brasil e a gente traz desde mudinhas pequenas, médias, grandes e enxertadas. São plantas de diversas cores, então as pessoas estão acostumadas com o produto em função das vezes que participamos da feira. A receptividade é muito boa. Cultivo desde 2011 a espécie em minha propriedade, que possui três estufas de mil m²?, frisa Ribeiro.

Os artesanatos em couro e metais, trazidos pelos irmãos Ademar e Imiran Camargo, de Santo Antônio das Missões, já são tradicionais no evento. ?Nosso artesanato tem grande procura. Quem adquiriu alguma peça em anos anteriores volta e nos procura para comprar novamente e isso é em função da nossa qualidade de produção. Temos mais de 20 famílias envolvidas na fabricação das peças como relhos, chaveiros, laços, cintos, buçal. Este trabalho que realizamos passou de geração em geração na nossa família?, aponta Ademar.

Uma tradição entre os produtores gaúchos está na arte de fazer conservas e o estande Conservas Thomas, de Arcelo Machado, de Santa Bárbara do Sul, tem variedades doces e salgadas, além de geleias. ?A feira nos proporciona boas vendas. Comprovamos isso ano passado, por isso voltamos. Além disso fizemos captação de futuros negócios através de contatos que aqui conseguimos. Trabalhamos eu, minha esposa e a sogra, desde o plantio, até a industrialização, há 6 anos. Nasci e cresci no interior, fui morar na cidade para estudar, depois de formado em administração voltei para o interior para poder gerenciar melhor a agroindústria familiar?, finaliza Machado.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal